INOVAÇÃO, MISTURA E CELEBRAÇÃO À CULTURA POPULAR SÃO AS PRINCIPAIS MARCAS DA SALTOS CIA DE DANÇA

 

Galo da Madrugada - Recife, PE

 

9 de abril de 2024

INOVAÇÃO, MISTURA E CELEBRAÇÃO À CULTURA POPULAR SÃO AS PRINCIPAIS MARCAS DA SALTOS CIA DE DANÇA

Eles dançam, encenam, encantam, arrancam aplausos do público por onde passam e, acima de tudo, celebram a diversidade da cultura popular pernambucana e brasileira. Há quase 14 anos, um grupo de jovens do Ibura criava a Saltos Cia de Dança, mostrando tanto aos próprios conterrâneos como também aos visitantes de outras partes do país e do mundo um pouco da história dos nossos ritmos. O frevo, claro, é o cartão de visita principal da turma – composta, hoje, por 23 integrantes -, mas, ao longo dos anos, os artistas têm mostrado cada vez mais desenvoltura na pesquisa e reprodução de outros “molejos”. Lógico, sempre encantam, porque conseguem misturar dança com muito carisma e entrega, chamando, inclusive, a plateia para também protagonizar o espetáculo. Quem já frequentou, ao menos uma vez, alguma prévia na sede do Galo deve conhecer bem todo esse talento aqui descrito.

Criado em 02 de setembro de 2010, o grupo de dançarinos começou a se apresentar no Galo da Madrugada, tanto nas prévias realizadas na sede da agremiação quanto no próprio desfile do Sábado de Zé Pereira. De lá pra cá, já foram inúmeras outras apresentações em eventos públicos e privados, teatros e, até mesmo, em festividades religiosas. “Ensaiamos, em média, duas vezes por semana e buscamos sempre inovar e trazer a beleza da nossa cultura para o público. É um trabalho que busca, também, a formação dos jovens no exercício da cidadania através da dança”, pontua Diamante Everson, coreógrafo e um dos fundadores da companhia.

Tanto empenho dessa rapaziada só pode resultar num produto final de deixar o público “babando” de admiração. Além de dança, os números também contêm um pouco de teatro, uma verdadeira contação de história, como a clássica apresentação na qual os dançarinos (e atores, podem também ser considerados) apresentam a origem do frevo – desde a capoeira, passando pelos passos ainda brutos, nas ruas, até chegar à coreografia mais elaborada que é hoje. “Acho que nosso maior diferencial é a criatividade. Buscamos nos inspirar tanto nas danças contemporânea e clássica quanto na nossa própria vivência cotidiana”, explica Diamante.

O grupo, que se apresenta em diversos ciclos festivos do ano (não apenas no carnaval, vale salientar!) e possui um vasto repertório de ritmos, criou, recentemente, o espetáculo “Molejo Diferente”, no qual coloca em evidência o coco, a ciranda e o carimbó – este último, típico do Pará, no Norte do Brasil. Mais uma prova do compromisso do grupo com o trabalho de pesquisa e propagação da cultura popular brasileira.

“A nossa relação com a propagação da cultura é grande, é nossa prioridade, porque é o que nos representa. Procuramos sempre nos aprimorar, avançar em novas pesquisas de modo a mostrar ao público o tanto de riquezas que temos. Talvez, não consigamos mostrar todas, de tantas que são, mas buscamos o máximo de conhecimento”, acrescenta Cristiana Lopes, coordenadora da Saltos Cia de Dança.

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Uma história que já caminha rumo a uma década e meia de estrada e, no que depender do talento, da criatividade e da energia dessa rapaziada, ainda vai render muito mais espetáculo e novos números pra alegria do público.

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